domingo, 13 de março de 2011

Saramago: Frases!

Imagem acompanhava o PPS.

Colecionando frases de Saramago, me deparei com um email cheinho delas!
A ideia de postar isso veio em seguida. Tornar as frases dele e suas obras mais conhecidas, porque não?
Configurando este post  e ainda em sua criação, me deparo com uma dessas frases postada por uma pessoa muito amada e querida.
Venho dedicando alguns post  para essas pessoas que me tocam, que me enchem de alegria e que me preenchem. Sendo assim, Tila, este post  é dedicado a você!

 “Escrever é traduzir. Sempre o será. Mesmo quando estivermos a utilizar a nossa própria língua. Transportamos o que vemos e o que sentimos (supondo que o ver e o sentir, como em geral os entendemos, sejam algo mais que as palavras com o que nos vem sendo relativamente possível expressar o visto e o sentido…) para um código convencional de signos, a escrita, e deixamos às circunstâncias e aos acasos da comunicação a responsabilidade de fazer chegar à inteligência do leitor, não a integridade da experiência que nos propusemos transmitir (inevitavelmente parcelar em relação à realidade de que se havia alimentado), mas ao menos uma sombra do que no fundo do nosso espírito sabemos ser intraduzível, por exemplo, a emoção pura de um encontro, o deslumbramento de uma descoberta, esse instante fugaz de silêncio anterior à palavra que vai ficar na memória como o resto de um sonho que o tempo não apagará por completo.”
“Muito universo, muito espaço sideral, mas o mundo é mesmo uma aldeia.”
“A expressão vocabular humana não sabe ainda e provavelmente não o saberá nunca, conhecer, reconhecer e comunicar tudo quanto é humanamente experimentável e sensível.”
“Penso que estamos cegos, Cegos que vêem, Cegos que, vendo, não vêem.”
“Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara”.
“Somos a memória que temos e a responsabilidade que assumimos. “Sem memória não existimos, sem responsabilidade talvez não mereçamos existir.”
“Acho que na sociedade atual nos falta filosofia... Falta-nos reflexão, pensar, precisamos do trabalho de pensar, e parece-me que sem idéias, não vamos a parte nenhuma. Falamos muito ao longo destes últimos anos dos direitos humanos; simplesmente deixamos de falar de uma coisa muito simples que são os deveres humanos, que são sempre deveres em relação aos outros, sobretudo. E é essa indiferença em relação ao outro, essa espécie de desprezo do outro que eu me pergunto se tem algum sentido numa situação ou no quadro de existência de uma espécie que se diz racional. O egoísmo pessoal, o comodismo, a falta de generosidade, as pequenas covardias do quotidiano, tudo isso contribui para essa perniciosa forma de cegueira mental que constitui em estar o mundo e não ver o mundo ou só ver dele o que, em cada momento, for susceptível de servir os nossos interesses.
Temos que acreditar em nalguma coisa e, sobretudo, temos de ter um sentimento de responsabilidade colectiva, segundo o qual cada um de nós será responsável por todos os outros.
A prioridade absoluta tem que ser o ser humano. Acima dessa não reconheço nenhuma outra prioridade.”
“Estou convencido de que é preciso continuar a dizer não, mesmo que se trate de uma voz pregando no deserto.”
“Esta gente quer me matar de amor!”
“Nem a juventude sabe o que pode, nem a velhice pode o que sabe.”
“A vida é breve, mas cabe nela muito mais do que somos capazes de viver.”
“Fugir da morte pode tornar-se num modo de fugir da vida.”
“O homem é o único animal capaz de chorar. E de sorrir. É diante do mar que o riso e a lágrima assumem uma importância absoluta.”
“Dir-se-á que mais profundamente a assumiriam diante do universo, mas esse, digo eu, está demasiado longe, fora do alcance duma compreensão comum.”
“O mar é o universo perto de nós.”
“A Vida é como uma vela que vai ardendo, quando chega ao fim lança uma chama mais forte antes de se extinguir. Creio que estou no período da última chama.
 “... enganadora é sim a luz do dia, faz da vida uma sombra apenas recortada, só a noite é lúcida, porém o sono a vence, talvez para nosso sossego e descanso, paz à alma dos vivos.”
“... o espírito não vai a lado nenhum sem as pernas do corpo, e o corpo não seria capaz de mover-se se lhe faltassem as asas do espírito.”
“Quando me for deste mundo, partirão duas pessoas. Sairei, de mão dada, com essa criança que fui”.
“Tentei não fazer nada na vida que envergonhasse a criança que fui Se tens um coração de ferro, bom proveito. O meu, fizeram-no de carne, e sangra todo dia.”
“Dentro de nós há uma coisa que não tem nome, essa coisa é o que somos.”
"Somos a memória que temos e a responsabilidade que assumimos.”
“É ainda possível chorar sobre as páginas de um livro, mas não se pode derramar lágrimas sobre um disco rígido.”
"Antes eu dizia: 'Escrevo porque não quero morrer' Mas agora mudei. Escrevo para compreender o que é um ser humano."
"O único progresso verdadeiro é o progresso moral. O resto é simplesmente ter mais ou menos bem."
"Não tenhamos pressa. Mas não percamos tempo."
"Se me perguntam por que escrevo, dou 30 respostas, nenhuma certa."
"Sabido é que todo efeito tem sua causa, e esta é uma universal verdade, porém, não é possível evitar alguns erros de juízo, ou de simples identificação, pois acontece considerarmos que este efeito provém daquela causa, quando afinal ela foi outra, muito fora do alcance do entendimento que temos e da ciência que julgávamos ter."

Um comentário:

  1. fiquei pensando sobre que a lucidez tira-nos a paz... o segredo deve ser esse, ser lúcido e consciente das limitações. Assim, conformado com a natureza humana e limitada, mas confiante na alma e no amor, que vencem os limites e se eternizam, consegue-se, ainda que lúcido, a paz.
    meio utópico, mas fiquei pensando.

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