quarta-feira, 15 de setembro de 2010


Preparando a alma

"Ernet Hemingway, o autor do clássico “O velho e o mar”, misturava momentos de dura atividade física com períodos de inatividade total.
Antes de sentar-se para escrever as páginas de um novo romance, passava horas descascando laranjas e olhando o fogo.
Certa manhã, um repórter notou este estranho hábito.
- Você não acha que está perdendo tempo?, perguntou o repórter. Você que é tão famoso, não devia fazer coisas mais importantes?
- Estou preparando a minha alma para escrever, como um pescador prepara seu material antes de sair ao mar, respondeu Hemingway. Se ele não fizer isto, e achar que só o peixe é importante, jamais irá conseguir coisa alguma."


Paulo Coelho
(Autoria do texto não confirmada)

sábado, 11 de setembro de 2010

Radical é chic?

Há muito tempo atrás, nem preciso precisar quanto, eu tinha o gostoso hábito de folhear e ler revistas. Me lembro de ter contato com algumas revistas boas, como Isto É, Veja, Super Interessante, e outras como Capricho (era o máximo!!!).
Hoje me limito (não me orgulho disso) em ler ou só folhear Pro Teste (SUPER indico!) e Viver. Adoro essas revistas. Mas não tenho assim, por costume, procurar revistas em bancas de jornal, por exemplo.
Nesse citado 'muito tempo atrás', me lembro que a última página, antes da terceira capa, éramos presenteados com a Radical Chic. Uma mulher de opinião forte, de 'personalidade marcante', de humor refinado e com ideias muito avançadas pra época. Pelo menos, essa era a minha impressão.
Nesta semana fui surpreendida com um email com frases célebres dessa inesquecível "Garoota"!
Vim dividir isso!



A genialidade de Miguel Paiva nas palavras da personagem "RADICAL CHIC" criada por ele.
 

“Certas dietas são simples. É só cortar açúcar, frituras, massas, molhos, bebidas alcoólicas, pães, biscoitos e os pulsos.”

“Que me despreze, me maltrate, me agrida, tudo bem. Mas não falar de mim nem pro analista, é demais.”

“Dizem que estou ficando amarga, enjoada, ácida, sem graça. Não é verdade. É só colocar limão, adoçante, sexo, gelo, brilhantes e mexer gostoso, que eu fico maravilhosa!”


“Adoro quando os feirantes, os porteiros e os pedreiros do meu bairro me chamam de gostosa. É a comunidade solidária!”


“Paulo era lindo, sensível, carinhoso, engraçado, elegante, delicado, gostoso, honesto, companheiro, discreto... e gay.”

“E aí a gente vai sair daqui, vai para um motel, aí vai transar, aí vai querer de novo, aí eu me apaixono, aí você vai dizer que não quer compromisso, aí eu vou achar você um babaca, aí a gente vai brigar, aí eu vou te odiar... Tem certeza de que ainda quer saber o meu nome?”

“Sexo seguro, pra mim, é transar com o melhor amigo.”

“Faço dieta americana, uso produtos franceses, malho com um personal neozelandês, faço localizada com uma russa, e não adianta. Não consigo diminuir essa bunda brasileira.”

“Terminei com o Betão. A gente se entendia superlegal, gostava das mesmas coisas, tinha tesão um no outro, se tratava com carinho, detestava o cinema iraniano... mas faltava conflito, entende?” 

"Faço meditação, aeróbica, judô, musculação. Jogo xadrez, vídeo game, King e batalha-naval. Estudo antropologia, física quântica, matemática e arqueologia. Escalo montanhas, faço vôo livre, salto de pára-quedas. Leio, escrevo, toco piano, pinto e bordo. Ufa!!!!! O que a gente não faz  para  compensar a falta de sexo gostoso.”

“Casamento é loteria. Agora, me responda, com sinceridade: quantas vezes você já ganhou na loteria?”

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Sensibilidade alta: Isso é bom ou ruim?


Tenho tido motivos para me questionar e para ser questionada sobre esse tema:
Sensibilidade alta: Isso é bom ou ruim?


É sensibilidade demais ou na medida?
Em alguns momentos vejo que a sensibilidade desenvolvida, a observação apurada nos possibilita boas colocações e bons pontos de vista.
Em outros momentos vejo que essa mesma capacidade de observar além do que está no primeiro plano, ser sensível para ver o que está por trás do aparente, por trás do sintoma, na raiz do que se vê pode não ser ASSIM tão bom. Percebo que, sensível demais, me irrito ou frustro com maior probabilidade.
Podemos então traçar uma comparação? Quanto mais sensível mais suscetível à frustração, à cobrança, à irritação?


Pensando... vendo...

E você? O que acha?


Sensibilidade demais
Por Martha Medeiros

Na hora de listar as qualidades que a gente quer encontrar nas pessoas com quem iremos nos relacionar vida afora, está lá a indefectível “sensibilidade”.
A gente quer que o patrão seja sensível e não um grosso. A gente quer que nossa amiga seja sensível e não um trator. A gente quer - e como quer! - que nosso namorado seja sensível e não um machista brucutu.
Encontrar sensibilidade nos outros é meio-caminho andado para o entendimento. E sermos, nós mesmos, sensíveis, também é um filtro bem-vindo, é a sensibilidade que permite nossa comoção diante de um quadro, de uma música, de um amor que nos arrebata ou de uma perda irreversível.
Mas admito que sinto uma certa inveja daquelas pessoas que são sensíveis mas não se tornam vítimas da própria emoção. Porque sensibilidade demais esgota a gente.Tem horas em que o filtro não filtra coisa nenhuma: permite que a gente seja atingido profundamente por coisas que mereceriam menos entrega. Cultivamos mágoas por coisas que nos aconteceram 15 anos atrás, remoemos culpas que já foram mais que perdoadas e esquecidas, temos nosso sistema nervoso totalmente abalado porque alguém compreendeu mal nossas palavras, sofremos por questões insolúveis, sofremos, sofremos, e sofrer dá uma senhora consistência à nossa vida, mas como cansa.
Às vezes me farto dos ideais que persigo e que, por serem ideais, nunca se concretizarão plenamente. A vida é defeituosa, imprevisível, nada é exatamente como a gente gostaria que fosse - e sensibilidade é algo que faz a gente aceitar isso e ser feliz do mesmo jeito. Já sensibilidade demais dá nos nervos e fatiga à toa. Uma certa frieza nos faz andar mais rápido, não nos retém.
Como se mede, se pesa, se percebe a sensibilidade suficiente e a sensibilidade excessiva? No quanto ela joga a nosso favor ou contra. Sensibilidade suficiente refina você, lhe dá um foco na vida. Já a sensibilidade excessiva faz de você protagonista de um dramalhão mexicano. Temos escolha? Não se escolhe, é o que se é. Os que são sensíveis na medida aproveitam a vida sem duras cobranças internas. Já a turma dos excessivos pega canetas, câmeras, pincéis, sapatilhas, instrumentos, e transforma o excesso em arte. Ou faz besteiras. Cada um encontra onde colocar sua sensibilidade, uns com leveza, outros com fartão de si mesmos. Os únicos que seguem não entendendo nada são os insensíveis.